domingo, 13 de abril de 2008

Prefeitos se perpetuam no poder

Por André Luís Nery

A exemplo do prefeito Ronaldo Mota Dias (PR), que está em seu terceiro mandato seguido - duas vezes em São João da Lagoa (MG) e outra em Coração de Jesus (MG) -, outros dois prefeitos podem tentar um quarto mandato consecutivo nas eleições deste ano.

O prefeito Dário Berger (PMDB) pode buscar a reeleição em Florianópolis. Porém, antes de ser prefeito da capital catarinense, Berger governou por dois mandatos a vizinha São José (SC) - em 1996, foi eleito com 32.972 votos, e em 2000, com 73.836. Em 2004, elegeu-se no segundo turno em Florianópolis, com 118.644.

O outro caso é de Warmillon Fonseca Braga, que pode tentar a reeleição em Pirapora (MG). Ele se elegeu em 2004 com 16.222 votos. Com a vitória, Braga conseguiu o terceiro mandato seguido - nas eleições anteriores, foi eleito em outra cidade mineira, Lagoa dos Patos - em 1996, com 1.310 votos, e em 2000, com 1.951.

Já Ronaldo Mota Dias governou por dois mandatos o município de São João da Lagoa (MG) - em 1996 e 2000 -, mas, em 2004, se lançou a candidato e foi eleito na vizinha Coração de Jesus (MG). Agora, pode tentar o quarto mandato como prefeito.

Há 12 anos como prefeito, Dias já encara a função como uma profissão. “Costumo dizer que minha profissão é ser prefeito, porque você acaba deixando sua vida para ser prefeito”, disse ele ao G1.

Dias se elegeu para o primeiro mandato em São João da Lagoa em 1996, com 1.252 votos. Em 2000, foi reeleito com 1.612. Já em 2004, após se afastar do cargo, mudou de domicílio e se candidatou em Coração de Jesus. Acabou eleito com 6.556 votos.

Para o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, não há nada que impeça que um prefeito seja eleito por um município diferente. "Mas ele precisa renunciar seis meses antes", disse. "Os eleitores é que devem decidir se aceitam que venha um 'estrangeiro'", disse.

Fonte: G1 - Globo.com

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